terça-feira, 6 de julho de 2010

Tecnologia , educação e currículo

Muito se tem falado a respeito das Tecnologias da informação e seu impacto na vida das pessoas. Entre defensores e contrários, com o pendulo pendendo mais para os primeiros, podemos citar o trabalho de Veen e Vrakking no livro Homo zappiens, que analisam como as tecnologias revolucionam a maneira de viver, ou a crítica que Nicholas Carr faz a respeito do excesso de informações e conseqüente superficialidade das pessoas e relações.
Na escola não é diferente. Inicialmente a tecnologia apareceu como a possibilidade de transformação e renovação do que acontecia nas escolas; agora nota-se que , em muitos casos , o que as mídias tem proporcionado é fazer-se o mesmo de outra forma, sem conferir as TIC’s o peso que elas tem numa nova relação com o saber e o conhecimento.
Se num primeiro momento o surgimento da imprensa se sobrepõe à tradição oral, ampliando a difusão de um conhecimento estático, a introdução das tecnologias da informação permite que a escola se comunique com as realidades externas a ela,intervindo, propondo, divulgando,questionando o que está posto. Ao mesmo tempo em que extrapolam o espaço escolar, o uso das tecnologias confere ao aluno o papel de co-autor do sue conhecimento , assim como dos outros, num processo de colaboração constante. O uso das tecnologias estrutura esta colaboração, porque possibilita a pesquisa, o contato, a ampliação de conhecimentos independente do espaço-tempo.
A resignificação do papel do aluno e das tecnologias contudo,passa também pela reformulação do currículo.A partir do momento que o processo é construído com discentes, a idéia de currículo linear e pronto sai, e entra em cena o currículo construído ao longo do processo, com a participação de todos.

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